quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Cientistas descobrem como funciona identificação de ameaças em plantas

Cientistas espanhóis, dirigidos pelo biólogo Roberto Solano, do Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC), descobriram como as plantas se defendem contra suas ameaças externas, após decifrar o mecanismo de ação do jasmonato, um hormônio que é utilizado como sinal de perigo.

A missão desta pequena molécula é atuar de sentinela e avisar sobre uma ameaça exterior, em forma de animal herbívoro, fungo ou bactéria, afirmam os cientistas em artigo publicado no último número da revista "Nature".

Solano disse que a descoberta pode chegar a ter relevância no desenvolvimento de soluções agronômicas e ambientais frente às ameaças da mudança climática para as atuais condições de vida na Terra.

Além disso, "a compreensão do mecanismo de ação deste hormônio nas plantas poderia ter também importantes repercussões na pesquisa e tratamento do câncer", afirmou Solano.

Recentemente a atividade antitumoral do jasmonato foi descrita em células animais em cultivo, sem que se conheça por enquanto o mecanismo molecular que está por trás dela.

Os cientistas, do Centro Nacional de Biotecnologia (CSIC) em Madri, e da Universidade Miguel Hernández de Elche, desenvolveram seus experimentos na Arabidopsis thaliana.

Trata-se de uma crucífera, parente próxima do rabanete, da couve, e da mostarda, e universalmente usada como planta modelo para a pesquisa vegetal.

Desde seu descobrimento há 45 anos no aroma do jasmim (ao que deve seu nome, do inglês jasmine), existem várias evidências que o jasmonato seja fundamental para a sobrevivência das plantas na natureza.

O jasmonato regula sua resposta a muitas situações de estresse, como o ataque de patógenos ou insetos, a seca ou as variações extremas da temperatura ambiental.

Segundo Solano, "uma das primeiras respostas da planta perante a infecção por um patógeno ou a aparição de uma ferida, como a causada pela mordida de um herbívoro, é a síntese de jasmonato".

Este hormônio inicia uma bateria de genes de defesa, mediante um processo de transmissão que, até agora, não era conhecido em detalhe.

A pesquisa identificou uma família de proteínas repressoras, batizadas pelos pesquisadores como JAZ (abreviatura de jasmonate zim-domain proteins), que representavam o elo perdido na cadeia de transmissão do sinal do jasmonato.

O estudo confirma que, à revelia do hormônio, as JAZ se unem aos fatores de transcrição e impedem que eles atuem.

Por outro lado, quando aparece um perigo, a planta produz jasmonato, como sinal de alarme, que se une a um receptor e induz a eliminação das JAZ.

Este processo de degradação das proteínas libera os fatores de transcrição, ativa seus genes de ataque e desencadeia a resposta de defesa. Na ausência de perigo, a bateria de genes de defesa permanece, por outro lado, inativa

Fonte: Folha Online

Lagartas tropicais têm cardápio restrito, mostra análise



Uma equipe de treze cientistas coordenada por Lee Dyer, da Universidade Tulane, de Nova Orleans, sul dos EUA, fez uma análise detalhada da dieta de larvas de insetos da ordem Lepidóptera (mariposas e borboletas) em oito pontos do continente americano.
As coletas feitas em lugares de clima temperado, como os EUA e o Canadá, ou em áreas tropicais (Panamá, Costa Rica, Equador e Brasil) trouxeram um dado novo sobre o comportamento desses insetos.

As dietas das lagartas tropicais são muito mais especializadas do que aquelas das suas "primas" de florestas temperadas, mostrou o estudo.
A questão pode ter a ver com uma "guerra química" mais intensa nas zonas próximas da linha do Equador. Nos trópicos, como a interação entre plantas e insetos é maior, por uma questão de quantidade simplesmente, as plantas precisam ser mais agressivas na síntese de substâncias que as tornem sem paladar para os animais. É o jogo da evolução em curso.
O resultado dessa luta é que os insetos acabam sendo forçados a reduzir bastante o seu cardápio diário, para não sumirem antes da hora.

Mesmo com mais um elo ecológico fechado, o trabalho de Dyer e equipe - a brasileira Helena de Morais, da Universidade de Brasília, especialista em cerrado, é uma das pessoas do grupo - ainda não conseguiu um avanço significativo no campo quantitativo.
Isso, apesar de os cientistas terem trabalhado com 75.000 amostras de taturanas e lagartas (larvas de insetos como borboletas e mariposas).

Apesar de o estudo ter lançado luzes sobre a distribuição de insetos, especialmente nos trópicos, onde são mais abundantes, ele não ajudou a melhorar as estimativas de quantas espécies desse grupo existem.
"Estamos muito longe de explicar a distribuição global da biodiversidade", afirma o pesquisador Nigel Stork, da Universidade de Melbourne, Austrália, comentando o trabalho, editado na ultima edição da revista científica "Nature".

Mesmo os besouros sendo seres muito comuns, as explicações sobre biodiversidade nos continentes se baseiam só neles, nas plantas e nos grandes mamíferos, diz Stork.
Já receberam nomes científicos 850.000 espécies de insetos. Faltaria ainda coletar, nomear e descrever algo entre 4,25 milhões e 17 milhões de outros destes animais, segundo Stork. Um número ainda mais assombroso foi estimado pelo pesquisador Terry Erwin em artigo de 1982: só nos trópicos existiriam em torno de 30 milhões de espécies de insetos.

Já o estudo feito por dezesseis pesquisadores da equipe de Vojtech Novotny, da Universidade do Sul da Boêmia, República Checa, focalizou a floresta tropical da Nova Guiné.

Sentido oposto

Foram estudadas aproximadamente 500 espécies de insetos comedores de folhagem (lepidópteros), madeira (besouros) e frutas (moscas).
Os oito pontos de amostragem cobrem uma área de 75.000 km quadrados.
Ao contrário da equipe de Dyer, Novotny e colegas, que também publicaram na "Nature", mostraram que havia um pequeno índice de mudança na composição das espécies de insetos ao longo da floresta.

Essa mudança ou taxa de substituição na composição de espécies de uma região para outra é conhecida pelos biólogos como "diversidade beta".
O grupo de Novotny estima que florestas tropicais como a da Amazônia devem ter "diversidade beta" baixa de insetos, pois apresentam baixa diversidade de tipos de vegetação.

Fonte: RICARDO BONALUME NETO da Folha de S.Paulo

Desmatamento no Brasil cai e tem baixa recorde

O governo brasileiro estima que cerca de 9.600 km2 da floresta amazônica desapareceram entre agosto de 2006 e agosto de 2007, uma área equivalente a cerca de 6,5 cidades de São Paulo. Se confirmada a estimativa, a partir de análise de imagens no ano que vem, será o menor desmatamento registrado em um ano desde o início do monitoramento, em 1988, representando uma redução de cerca 30% no índice registrado entre 2005 e 2006.
Ao todo, 14.039 km2, ou quase 9,5 cidades de São Paulo, foram desmatados neste período, índice 25,3% menor do que o registrado entre 2004 e 2005, quando sumiram 18.793 km2 de floresta amazônica.
Os dados foram divulgados ontem em evento no Ministério do Meio Ambiente. Além da ministra Marina Silva, estavam presentes a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef e os ministros da Agricultura e da Reforma Agrária, Reinhold Stephanes e Guilherme Kassel, respectivamente.
O monitoramento do desmate é feito pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que usa dois sistemas diferentes para isso: o Prodes e o Deter. O primeiro, mais confiável, usa satélites que precisam de mais tempo para captar de imagens. Já o segundo, faz isso forma rápida, mas sem conseguir observar desmatamentos de pequena escala.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, esses pequenos desmatamentos representam atualmente cerca de 50% do total. Por esse motivo, o governo só terá no ano que vem o índice real de desmatamento referente ao período 2006-2007. As áreas desmatadas já identificadas pelo Deter neste ano somam 4.820 km2.
Fragmentação
As pequenas áreas devastadas são uma nova característica, segundo Marina Silva. Em 2005, os 20 municípios que mais desmataram somaram 8.300 km2. Com a queda da taxa, foi preciso a ação de 95 municípios em 2006 para atingir o mesmo índice.
Os números referentes ao período de 2005-2006, baseados no monitoramento do Prodes, mostram que só nos estados de Roraima e Amazonas o índice local de desmatamento subiu, comparado com o período anterior.
Mato Grosso, Pará e Rondônia, estados com os mais altos índices de desmatamento, apresentaram queda, mas continuam liderando a lista. Mato Grosso, entretanto --que até 2005 estava no topo do ranking- reduziu seu índice em 39,36% no ano de 2006, de 7.145 km2 para 4.333 km2. Com isso, foi ultrapassado pelo Pará, que viveu uma queda de 4,48%, de 5.763 km2 para 5.505 km2.
Rondônia, por sua vez, reduziu seu índice de desmatamento em 36,22%, de 3.233 km2 para 2.062 km2. O esforço para reduzir o desmatamento é conduzido pela Casa Civil e conta com a participação de 13 ministérios, afirma Marina Silva.
Com a redução do desmatamento entre 2004 e 2006, "o Brasil deixou de emitir 410 milhões de toneladas de CO2 [gás do efeito estufa]. Também evitou o corte de 600 milhões de árvores e a morte de 20 mil aves e 700 mil primatas", disse. "Essa emissão representa quase 15% da redução firmada pelos países desenvolvidos para o período 2008-2012, no Protocolo de Kyoto."
Para Dilma Roussef, "o Brasil é um dos poucos países do mundo que tem a oportunidade de implementar um plano que protege a biodiversidade e, ao mesmo tempo, reduz muito rapidamente seu processo de aquecimento global."

Fonte: FELIPE SELIGMAN da Folha de S.Paulo, em Brasília

Eu ambientalista



Não sou ambientalista ao pé da letra. Ambientalista de acordo com o dicionário Aurélio, é aquele que é especialista em ambientalismo, mas não é preciso ser especialista pra sabermos que o mundo em que vivemos precisa de cuidados, urgentes!
Cuidados estes que deviam ser natos, ou seja, cada ser vivo nascer com este senso de proteção. Cuidados do que é nosso, cuidamos do carro que possuímos, mas cuidamos do ambiente por onde andamos? Creio que ao ler isto, a maioria reluta em dizer não, este sentimento ignominioso poderia ser um ponto de começo para uma consciência mais ampla. Isto poderia me ajudar na hora de jogar um papel de bala no chão, ou talvez de jogar lixos no rio? Quem sabe, a resposta deve vir de cada um...
Já estamos sofrendo as conseqüências, infelizmente o meio ambiente está na mídia por motivos alarmantes, e se não podemos reverter o que destruímos e mudamos, chegou a hora de cuidar do que é nosso, o que nos é dado de graça e que não damos o devido valor.
O que você é reflete no mundo, mudanças climáticas, efeito estufa, aquecimento global, poluição permanente, escassez de água, tudo indica que se não acordarmos a tempo, a destruição será iminente.
A solução está ao alcance de todos nós.
Se cada um amasse o planeta Terra como a si mesmo, provavelmente o verão seria verão, o inverno seria inverno e as quatro estações não seria apenas música clássica. Portanto, se ambiente!


Por Marcos Rogério Jr.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

ASPAN (Associação Sabarense Protetora dos Animais e da Natureza).

A Associação Sabarense Protetora dos Animais e da Natureza (ASPAN) tem conseguido notoriedade internacional. Recentemente, seu projeto de castração de animais foi aprovado pela World Society Protection of Animals (WSPA), com sede em Londres, Inglaterra, e assim, a entidade será beneficiada com um trailer para a criação de uma unidade de atendimento.
Segundo informações da WSPA, o projeto da associação sabarense foi um dos destaques entre as entidades cadastradas em vários países, muitos de primeiro mundo, como Estados Unidos, Inglaterra, França e Alemanha.
Com o trailer, a entidade ampliará o atendimento, chegando aos bairros mais distantes para realizar as castrações dos animais. “Pelo que temos conhecimento, será a primeira unidade móvel para esse fim em Minas Gerais”, comenta Verá Lúcia Ferreira Pinto, presidente da ASPAN.
Ela comenta que, para que o trabalho tenha sucesso, ainda é necessária a contratação de médico veterinário. “Estamos em negociação com a prefeitura para conseguir este profissional e podermos beneficiar toda a comunidade”.
A Associação realiza esse trabalho há cinco anos e já castrou, até julho de 2007, 5.357 cães. Com isso, estima-se que mais de 35.000 animais deixaram de nascer em Sabará.


Fonte: Jornal + Notícias

sábado, 11 de agosto de 2007

Aquecimento Global

Afinal , o que é aquecimento global?
A atmosfera do planeta é composta por gases, entre eles o dióxido de carbono, o CO2. Os raios do sol atravessam a atmosfera e chegam à superfície da terra. Parte dessa radiação é refletida de volta para o espaço, e parte fica retida na atmosfera. A princípio isso é bom -é o chamado efeito estufa natural: os gases retidos ajudam a manter a temperatura em torno de 15º C. Mas o efeito estufa causado pelo homem quebra esse equilíbrio.Retirar petróleo do solo, queimar carvão e derrubar árvores aumentam a emissão de CO2 no ar, aumentando a quantidade de gases na atmosfera e reduzindo a quantidade de radiação que volta para o espaço. Por isso, a temperatura está mais quente.

A vida no planeta mais quente
Segundo especialistas, a temperatura média da Terra pode aumentar entre 2º C e 6º C nos próximos cem anos, e as conseqüências serão graves.
Nível do mar
O derretimento do gelo nas áreas polares pode aumentar o nível do mar em sete metros nos próximos 200 anos, destruindo ilhas e cidades litorâneas. O resultado seria uma migração em massa


Recessão
Até 160 milhões de pessoas no mundo podem perder suas casas em áreas litorâneas. Essa mudança, somada a furacões e doenças, trará impactos brutais na economia, causando recessão e crise


Mortalidade
O calor favorece a reprodução de mosquitos transmissores de doenças, como febre amarela e malária. Estima-se que 300 mil pessoas por ano sofrerão com doenças relacionadas ao clima, até 2050

Extinção
Cerca de 20 mil espécies estão ameaçadas de desaparecer. Cientistas temem que, até 2080, metade das espécies de animais e plantas do planeta possa entrar na lista doalerta da extinção

Secas e queimadas
Cresce o risco de estiagens e incêndios em florestas, criando áreas desérticas. Alguns cientistas alertam para o perigo da "savanização" da Amazônia -parte da floresta pode virar um cerrado

Fonte: Revista Marie Clarie, ed. 195 Ed. Globo

Justiça solta primatólogo holandês no Amazonas

"Minha ciência foi criminalizada." Com esta frase, o primatólogo brasileiro nascido na Holanda Marc Van Roosmalen deixou a Cadeia Pública de Manaus (AM) ontem à tarde após a aprovação de um pedido de habeas corpus. O cientista estava preso desde o dia 15 de junho, condenado por crime ambiental e peculato (uso indevido de verba pública).
Roosmalen chegou a ter uma solicitação de liberdade provisória negada em primeira instância, mas o TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região emitiu ontem uma decisão em seu favor, por seis votos a zero. O cientista tinha sido sentenciado a 15 anos e nove meses de prisão, mas o processo será revisto agora, com o pesquisador em liberdade.
Entre os crimes pelos quais Roosmalen foi condenado, esteve o de manter 28 macacos em cativeiro em sua residência sem autorização. No processo, Roosmalen afirmou que usava seu quintal como hospital veterinário. O cientista também foi autuado por transportar ilegalmente macacos e orquídeas coletados em Barcelos (a 450 km de Manaus). Pelos crimes ambientais ele somou um ano e seis meses de condenação.
Pela acusação de peculato, Roosmalen fora condenado a 14 anos e três meses. Em 2003, ele foi alvo de uma sindicância no Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), onde trabalhava desde 1986. A entidade o demitiu porque ele teria enviado material genético para o exterior sem autorização. Em 2002, Roosmalen também protagonizou um episódio controverso ao tentar "vender", pela internet, o direito à escolha de nomes científicos de novos macacos a quem estivesse disposto a pagar de US$ 500 mil a U$ 1 milhão. A promessa era doar o dinheiro a projetos de conservação ambiental.
"Eu peguei 14 anos de prisão porque fiz ciência", disse Roosmalen à Folha, ao sair da prisão. "Fui vitima de politica. Há vinte anos faço levantamento de flora e fauna neste país. O problema é que eu vi demais." Roosmalen, que descobriu seis novas espécies de primatas na Amazônia, aparentemente era avesso a burocracias e colecionador de inimigos. Em Manaus, dividia opiniões entre as pessoas com quem trabalhou. Entre pessoas que criticaram a condenação está o Secretário de Estado do Meio Ambiente do Amazonas, Virgílio Viana, para quem Roosmalen é "culpado e vítima".
"Ele é culpado por não seguir estritamente regras exigentes e vítima pelo fato de as regras serem pouco inteligentes e sensatas; vitima da burocracia e do atraso", disse Viana. "É inadmissível que um pesquisador sênior com o currículo do Roosmalen seja punido com 14 anos de cadeia tendo, ao que tudo indica, agido de boa fé e em prol da pesquisa científica." Para conseguir o habeas corpus, os advogados tiveram de convencer o TRF de que o primatólogo não fugiria do Brasil. "Roosmalen sempre viajou e retornou ao país, ele é naturalizado", afirmou Creuza Barbosa Cohen, advogada de defesa. "Com o habeas corpus, eu voltei a acreditar na Justiça brasileira", disse o pesquisador. Nos dias em que ficou na cadeia Roosmalen, dividiu cela com outros cinco presos. Todos os dias recebeu visita de sua mulher, Vivian Garcia, que lhe levava comida.

GIOVANA GIRARDI da Folha de S.Paulo, em Manaus.

Fedor do Gaia x Turismo

Uma indústria poluente não combina com uma cidade onde o turismo é tido como um grande potencial econômico. Este seria um raciocínio lógico, mas em Sabará a Indústria de Sub-Produtos Animais, instalada em 20 mil metros quadrados de área cedida pelo município há cerca de 30 anos atrás, continua lançando gases poluentes na atmosfera e resíduos gordurosos no ribeirão Gaia. A sabedoria popular, que já tentou várias vezes acabar com o terrível mau-cheiro exalado pela indústria, refere-se à situação como Fedor do Gaia.
Na segunda quinzena de fevereiro de 1975, o jornal A Gazeta Sabarense abordava o mesmo assunto. “Hoje sugeria o jornal a opinião pública merece ser pesquisada, depois que se implantou uma pequena fábrica de fertilizantes no bairro do Gaia. A nova indústria continua a Gazeta-, utiliza matéria orgânica em decomposição e o processo de seu aproveitamento industrial liberta na atmosfera gases não muito agradáveis ao olfato humano, que o vento se encarrega de espalhar sobre toda a cidade”. O jornal vai mais adiante, informando que “tão logo os primeiros caminhões transportadores de material cruzaram as principais ruas da cidade, uma nova atmosfera se fixou. Com o início das atividades industriais, ela se tornou mais densa”.
Estamos em 2007, e a situação não mudou. O Fedor do Gaia continua aí, jogando para fora seus gases e resíduos, piorando inexplicavelmente em ocasiões especiais, como o Natal, Ano Novo, Semana Santa, Carnaval e outras celebrações que atraem turistas. O transporte da matéria orgânica em decomposição ossos e carnes, principalmente-, não obedece a um critério rígido. Quando o problema vem à tona, melhora. Quando o sabarense esquece o assunto, os caminhões exalam todo o mau-cheiro de sua carga, incluindo um líquido escuro de cheiro insuportável que escorre pelas ruas. O Regional já flagrou a empresa recolhendo sub-produtos em Lagoa Santa, usando veículos frigoríficos, mas a mesma carga chega a Sabará em caminhões inadequados, derramando fedor pelo trajeto. Isto é mais do que descaso, é uma ofensa à população de Sabará.
O Regional Notícias acha que é hora de repetir a sugestão dada pela Gazeta em 1975. Ouvir a opinião pública sobre o fedor do Gaia e mostrar até que ponto a Subprodutos Animais ainda pode ser suportada numa cidade que busca intensificar a exploração do turismo como forma de melhorar as condições de vida da população. O resultado da pesquisa estará na próxima edição.

Publicado no Regional Notícias no dia 18/07/2007.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Comunicado urgente!

Caros amigos sabarenses, se em sua comunidade existe algo que está degradando o meio ambiente, enviem-nos uma foto que esta será analisada e posteriormente publicada em nosso blog.

Atenciosamente,

Isto é Sabará - "O Blog da Conscientização Ambiental"
http://istoesabara.cjb.net

Reação:

Descaracterização: intervenções urbanas