terça-feira, 23 de outubro de 2007

Sequóia - a maior árvore do mundo

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A sequóia é um gênero da família Cupressaceae (alguns autores podem ainda classificá-la na família das Taxodiaceae, que entretanto, foi substancialmente alterada, após novos dados filogenéticos). Contendo apenas uma única espécie viva, a Sequoia sempervirens. É uma conífera nativa da América do Norte, especialmente no lado oeste dos Estados Unidos. O nome Sequoia também é usado como um termo comum para a subfamília Sequoioideae na qual este gênero é classificado junto com a Sequoiadendron (Sequoia Gigante) e a Metasequoia.

Sem dúvida, o grande destaque para esta espécie se deve ao seu porte. Uma sequóia pode viver por milênios, e ao final deste tempo ultrapassar os 100 metros de altura, e algumas dezenas de circunferência à altura do peito. Ela chega a uma altura superior a da Sequóia gigante. Alguns indivíduos nos Estados Unidos possuem troncos de cor avermelhada, tão robustos que pôde-se escavar túneis para a passagem de carros em suas bases. Outra característica da espécie, além do porte, é o tamanho relativamente curto de seus ramos laterais, concentrados na região apical da árvore, e as folhas estreitas distribuídas disticamente no ápice dos ramos.

Tem sido plantada na região Sul do Brasil, principalmente para fins ornamentais.

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A Sequóia gigante é a maior árvore do mundo em termos de volume. Ela cresce em média 50-85 m e 5-7 m em diâmetro. A Sequóia gigante mais velha conhecida possui 3.200 anos de idade (datada pelo método Dendrocronologia). Medidas recordes de sequóias como 115 m de altura e 8 m de diâmetro já foram reportadas. A casca da sequóia é fibrosa, com sulcos, podendo chegar a 60 cm de grossura na base do tronco. Uma casca assim fornece uma excelente proteção contra fogo. As folhas são como as folhas dos pinheiros, com 3-6 mm, fazendo uma espiral nos brotos. As sementes vêm em cones, e cada cone têm em média 230 sementes de cor marrom-escura, cada uma com 4-5 mm de altura e 1 mm de espessura, possuindo umas "asinhas" marrom-amarelas de 1 mm. As sementes são carregadas pelo vento quando se desprendem do cone. É considerada um fóssil vivo. Tem sido plantada no Brasil para fins ornamentais e de adaptação da espécie, já que em seu lugar de origem vem sendo destruída.

Aqüífero Guarani

O Aqüífero Guarani é o maior manancial de água doce subterrânea transfronteiriço do mundo. Está localizado na região centro-leste da América do Sul, entre 12º e 35º de latitude sul e entre 47º e 65º de longitude oeste e ocupa uma área de 1,2 milhões de Km², estendendo-se pelo Brasil (840.000l Km²), Paraguai (58.500 Km²), Uruguai (58.500 Km²) e Argentina (255.000 Km²).

Sua maior ocorrência se dá em território brasileiro (2/3 da área total), abrangendo os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 

Localização do Aqüífero Guarani

Esse reservatório de proporções gigantescas de água subterrânea é formado por derrames de basalto ocorridos nos Períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo Inferior (entre 200 e 132 milhões de anos).  É constituído pelos sedimentos arenosos da Formação Pirambóia na Base (Formação Buena Vista na Argentina e Uruguai) e arenitos Botucatu no topo (Missiones no Paraguai, Tacuarembó no Uruguai e na Argentina).

A espessura total do aqüífero varia de valores superiores a 800 metros até a ausência completa de espessura em áreas internas da bacia. Considerando uma espessura média aqüífera de 250 metros e porosidade efetiva de 15%, estima-se que as reservas permanentes do aqüífero (água acumulada ao longo do tempo) sejam da ordem de 45.000 Km³.

O  Aquífero Guarani constitui-se em uma importante reserva estratégica para o abastecimento da população, para o desenvolvimento das atividades econômicas e do lazer.

Sua recarga natural anual (principalmente pelas chuvas) é de 160 Km³/ano, sendo que desta, 40 Km³/ano constitui o potencial explotável sem riscos para o sistema aqüífero.

As águas em geral são de boa qualidade para o abastecimento público e outros usos, sendo que em sua porção confinada, os poços tem cerca de 1.500 m de profundidade e podem produzir vazões superiores a 700 m³/h.

Conheça Melhor o Aquífero Guarani

Uma Bacia Gigantesca*

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Além do Guarani, sob a superfície de São Paulo, há outro reservatório, chamado Aqüífero Bauru, que se formou mais tarde. Ele é muito menor, mas tem capacidade suficiente para suprir as necessidades de fazendas e pequenas cidades.

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Nas margens do aqüífero, a erosão expõe pedaços do arenito. São os chamados afloramentos. É por aqui que a chuva entra e também por onde a contaminação pode acontecer.

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O líquido escorre muito devagar pelos poros da pedra e leva décadas para caminhar algumas centenas de metros. Enquanto desce, ele é filtrado. Quando chega aqui está limpinho.

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A cada 100 metros de profundidade, a temperatura do solo sobe 3 graus Celsius. Assim, a água lá do fundo fica aquecida. Neste ponto ela está a 50 graus.

* Figuras e Textos Extraídos da Revista Super Interessante nº 07 ano 13

Perfil do Aqüífero Guarani

a partir da Área de Recarga

No Estado de São Paulo, o Guarani é explorado por mais de 1000 poços e ocorre numa faixa no sentido sudoeste-nordeste. Sua área de recarga ocupa cerca de 17.000 Km² onde se encontram a maior parte dos poços. Esta área é a mais vulnerável e deve ser objeto de programas de planejamento e gestão ambiental permanentes para se evitar a contaminação da água subterrânea e sobrexplotação do aqüífero com o consequente rebaixamento do lençol freático e o impacto nos corpos d'água superficiais.

Legenda:

LOCALIZAÇÃO DO
PERFIL NA ÁREA

Fonte:

Estudo Hidroquímico e Isotópico das Águas subterrâneas do Aqüífero Botucatu no Estado de São Paulo - 1983

Aqüífero Bauru

Aqüífero Serra Geral (basalto)

Aqüífero Botucatu

Substrato do Aqüífero
( Grupos Passa Dois e Tubarão)

Poço e Código de Referência

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Nível Potenciométrico
do Aqüífero Botucatu

Direções de Fluxo d'água
no Aqüífero Botucatu

Nota explicativa: Perfil elaborado com base em dados de poços de água (D.A.E.E.)  e poços de pesquisa de petróleo (Petrobrás e Paulipetro)

Rosa B.G. da Silva

A combinação da qualidade da água ser, regra geral, adequada para consumo humano, com o fato do aqüífero apresentar boa proteção contra os agentes de poluição que afetam rapidamente as águas dos rios e outros mananciais de água de superfície, aliado ao fato de haver uma possibilidade de captação nos locais onde ocorrem as demandas e serem grandes as suas reservas de água, faz com que o Aqüífero Guarani seja o manancial mais econômico, social e flexível para abastecimento do consumo humano na área.

Por ser um aquífero de extensão continental com característica confinada, muitas vezes jorrante, sua dinâmica ainda é pouco conhecida, necessitando maiores estudos para seu entendimento, de forma a possibilitar uma utilização mais racional e o estabelecimento de estratégias de preservação mais eficientes.

Uma Reserva para o Futuro*


Afloramentos
Para impedir a contaminação pelo derrame de agrotóxicos, um dia a agricultura que utiliza fertilizantes e pesticidas poderá ser proibida nestas regiões.


Aquecimento
Em regiões onde o aqüífero é profundo, as fazendas poderão aproveitar a água naturalmente quente para combater geadas. Ou para reduzir o consumo de energia elétrica em chuveiros e aquecedores.


Irrigação
Usar água tão boa para regar plantas é um desperdício. Mas, segundo os geólogos, essa pode ser a única solução para lavoura em áreas em risco de desertificação, como o sul de Goiás e o oeste do Rio Grande do Sul.


Aqueduto
Transportar líquido a grandes distâncias é caro e acarreta perdas imensas por vazamento. Mas, para a cidade de São Paulo, que despeja 90% de seus esgotos nos rios, sem tratamento nenhum, o Guarani poderá, um dia, ser a única fonte.

* Figuras e Textos Extraídos da Revista Super Interessante nº 07 ano 13

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Síndrome de Nero

palito_fósforo     Nero se deliciava tocando arpa, enquanto Roma crepitava em chamas, diante de seus olhos.

   Questionamos a todo o momento, como devem se sentir esses bárbaros e covardes, que estão provocando queimadas em nosso município e por todo este país.

Seria por capricho de um protesto ou simplesmente por descuido ou brincadeira?

Seria por um lapso de insanidade ou por uma insatisfação consigo mesmo?

   Haja vista, que os incendiários existem desde a descoberta do fogo, nos rituais da fogueira santa, etc.

Nos dias de hoje este ato se repete em versões diferentes, apenas por um palito de fósforo e cigarros acessos ou por mera fagulha numa faxina de quintal. Até então nenhuma destas hipóteses são descartadas, pois na maioria das vezes tais incêndios têm o dedo do bicho homem.

   Há uma remota possibilidade de combustões espontâneas, já que as queimadas tornaram-se práticas abusivas em nosso município nos tempos de estio.

Queimadas que iniciaram no Bairro Cabral e devastaram mais de 50% da Chácara do Lessa, reserva ambiental recentemente revitalizada e aberta ao público.

Crime que será lembrado como exemplo de estupidez e falta de educação ambiental, noticiado nas rádios e televisões.

    Durante as queimadas estima-se que milhares de vidas são dizimadas por m², eliminamos sumariamente toda biodiversidade e destruindo os habitat's, poluindo e comprometendo severamente a qualidade de ar e a saúde de tudo que respira.

    Enfim, a degradação ambiental provocada pela prática das queimadas, torna-se responsabilidade de todos.

É triste e vergonhoso dizer que os justos acabam pagando pelos pecadores, enquanto o protagonista de toda a tragédia assiste a tudo sem o mínimo remorso.

Realidade que não poupa nem mesmo os povos mais civilizados e conscientizados do planeta. Em se tratando de impacto ambiental, as queimadas só perdem para a bomba atômica.

   Enquanto houver Neros soltos por aí, o que nos resta é lamentarmos ou renascermos das cinzas.

Sérgio Pacheco

Fogo consome mais de 50% da Chácara do Lessa

 

O Parque Natural Municipal Chácara do Lessa, de 130 hectares, está sendo devastado pelo fogo desde terça-feira, dia 2 de outubro. Funcionários da reserva e bombeiros da cidade estão tentando controlar os vários focos de incêndio.

O guia de turismo da chácara, Klayson Angelis, disse que os focos começaram na terça-feira pela manhã do lado do bairro Cabral e os cinco funcionários da reserva não deram conta de controlar o fogo. Segundo Klayson mais de 50% da Chácara já foi queimada e há 25 funcionários do Meio Ambiente junto com os bombeiros de Sabará trabalhando no combate ao fogo e esperando o reforço dos bombeiros de Belo Horizonte. Ele ressaltou ainda a falta de estrutura para esse tipo de situação e a possível causa da queimada. “Temos uma necessidade enorme de criação de uma brigada de incêndio aqui dentro do parque. É bem possível também que a causa do primeiro foco tenha sido “guimba” de cigarro”.

O fogo se alastrou rapidamente com os fortes ventos. O Sargento do Corpo de Bombeiros de Sabará, Leopoldo Castelnovo, pediu reforço aos Bombeiros de Belo Horizonte mas até a manhã de quinta-feira, data de fechamento dessa edição, eles não haviam chegado. Segundo o Sargento, a situação é grave porque são vários os focos de incêndio em lugares de difícil acesso, além da quantidade de homens trabalhando ser insuficiente. O sargento salientou que durante a noite os bombeiros interrompem os trabalhos devido às dificuldades. “Há muito animal peçonhento que coloca em risco a integridade física dos homens e, se não há problemas para as residências próximas à reserva, nós encerramos as atividades retornando pela manhã”.

Moradora da região da Terra Santa, área próxima à Chácara do Lessa, Conceição Rodrigues Cardoso, de 55 anos, está muito chateada em ver a mata sendo destruída pelo fogo. “Moro aqui há 30 anos e nunca vi nenhuma queimada nessas proporções, nem mesmo quando eu era criança”, lamenta.

sábado, 6 de outubro de 2007

ONGs propõem "desmatamento zero" na Amazônia em 7 anos

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Ambientalistas de nove organizações não-governamentais lançaram uma proposta nesta quarta-feira em Brasília para acabar com o desmatamento na Amazônia em sete anos.

A iniciativa, chamada Pacto Nacional pela Valorização na Amazônia, prevê metas progressivas de redução, a começar por 25% no primeiro e no segundo anos, e ampliando anualmente as reduções em relação à área desmatada de 2005/2006, até eliminar totalmente o problema no sétimo ano.

O plano foi apresentado numa sessão da Câmara de Deputados, na qual estavam presentes a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e autoridades dos Estados amazônicos, incluindo o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi.

O coordenador de projetos da ONG Imazon, Paulo Barreto, diz que a proposta tem mais chance de ir adiante do que outras que não saíram do papel porque "inova" ao prever mecanismos de compensação econômica para quem se beneficia do desmatamento.

"O sucesso vai depender da parte econômica da equação, da rapidez e da escala em que vamos conseguir implementá-los. Se [os que ganham com os desmatamento] tiverem alguma compensação, eles vão aderir à idéia."

Um dos mecanismos mais simples, segundo ele, seria oferecer ao dono de uma área que ainda tem direito a desmatar uma parte dela os R$ 100 por hectare/ano que ele ganharia ao derrubar a floresta.

Para que esses mecanismos fossem adotados de forma eficaz, seria preciso firmar um contrato com o proprietário e adotar uma fiscalização extensiva, por meio de acompanhamento por satélite.

A Imazon e as outras ONGs que apóiam a proposta estimam que financiar esses mecanismos e a infra-estrutura inicial para implementá-los exigiriam R$ 1 bilhão por ano, que poderiam ser pagos pelo governo e pela iniciativa privada.

 

Fonte: BBC Brasil

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Floresta esverdeia mesmo sem receber chuva na Amazônia

O sistema antiestresse da floresta amazônica, pelo menos na severa seca de 2005, funcionou melhor do que o esperado. Na edição de hoje da revista científica "Science", pesquisadores mostram como a região, mesmo sem água, registrou um rebrotamento de suas plantas em muitas áreas.

A chuva sumiu, mas mesmo assim a Amazônia ficou mais verde --e não mais seca, como os modelos previam-- depois da pior estiagem em 60 anos.

 

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Rebrotamento de plantas na Amazônia mostra alta capacidade antiestresse do ambiente

"O ecossistema não se mostrou negativamente reativo ao estresse hídrico", afirma em língua de cientista Humberto da Rocha, do IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas) da USP (Universidade de São Paulo). Ele é um dos autores do artigo.

Entre as várias condicionantes que agem sobre a floresta, o estímulo dado pelo calor e pela radiação acabou sendo mais forte do que a falta d'água. "Isso sugere que a reação ao estresse hídrico pode ser muito menor que pensávamos", diz Rocha.

Mas a aparente boa notícia não é suficiente para espantar o fantasma da savanização de boa parte da região amazônica, caso o aquecimento médio da temperatura na região seja mais constante.

"O evento de rebrota ocorreu em apenas um período de escassez intensa. Não sabemos o que ocorreria se isso fosse repetido no segundo ano" explica.

Mesmo que as plantas amazônicas sejam preparadas para a falta de água da chuva --algumas espécies, ajudadas por um tipo de solo que retém bastante água, conseguem captar líquido a até 10 metros de profundidade, sem prejuízo vital-- tudo acaba tendo um limite.

Segundo Rocha, é bem possível que, no passado, talvez em ciclos seculares, a Amazônia tenha passado por secas semelhantes. Mas o problema, daqui para a frente, é ela ser atingida por fenômenos tão intensos quanto o de 2005 em intervalos de tempo muito mais curtos.

"Secas sucessivas podem fazer com que o reservatório disponível [no solo] se esgote. O mesmo deve ocorrer, e isso os modelos já mostram, com uma estação seca mais prolongada e quente. A demanda aumentaria e o estoque de água chegaria mais rápido ao seu limite."

Seja por um caminho ou pelo outro, a hipótese de uma transformação da estrutura da comunidade vegetal, migrando de floresta para uma típica savana, fica bem robusta.

Os cientistas ainda não sabem, no entanto, se o esverdeamento após a seca foi apenas "cosmético" ou se ele correspondeu a uma maior assimilação de carbono (pela fotossíntese) na forma de troncos e raízes, ou seja, se as árvores de fato "engordaram" no período.

"Nada garante que a assimilação de carbono pelas plantas tenha aumentado, ou mesmo se mantido, naqueles meses de seca ou mesmo nos períodos seguintes ao evento climático."

Essa falta de fixação de carbono também enfraquece todo o ecossistema, que ficará bem mais vulnerável ao clima caso as secas amazônicas passem a ser mais constantes.

 

Fonte: Eduardo Geraque da Folha de São Paulo

Aumento de 200% no desmate em MT será investigado, diz Marina Silva

O aumento de 200% no desmatamento em Mato Grosso nos meses de maio, junho e julho deste ano, em relação ao mesmo período de 2006, já preocupa a ministra Marina Silva.

"Claro que preocupa, mas foi um repique que geralmente ocorre. Porém, em 12 meses, a queda no desmatamento no Estado foi de 59% em relação ao mesmo período anterior", disse ontem a ministra do Meio Ambiente em São Paulo, durante evento promovido pela revista "Carta Capital".

Marina anunciou que medidas serão tomadas para saber o que está ocorrendo no Estado.

"Vamos orientar nossas equipes de fiscalização a partir desses dados. As causas do problema serão analisadas pelos governos federal e de MT."

O aumento do desmate, mostrou a Folha ontem, foi detectado por um sistema de monitoramento feito por ONGs.

 

Fonte: Eduardo Geraque da Folha de São Paulo