sexta-feira, 27 de julho de 2007

Uma alimentação 100% orgânica é o sonho de consumo de quem se preocupa com a preservação do ambiente e da própria saúde. Não faltam ofertas para realizá-lo: hoje, há produtos orgânicos que atendem das necessidades alimentares básicas às supérfluas em toda a parte.
Do pé de alface à garrafa de vinho, o selo certificando o produto como orgânico acrescenta alguns tributos incluindo o preço mais alto. Para justificá-lo, além dos custos naturais de um cultivo mais especializado e da produção em menor escala, há o que os marqueteiros chamam de "valor agregado". O orgânico acrescenta à compra o sabor de poder contribuir para o equilíbrio ecológico. É verdade. Também dá a idéia de ser indiscutivelmente mais saudável. É relativo.
O fato de não utilizar aditivos químicos na produção é uma vantagem, mas, dependendo do produto, não é tão significativa: alguns alimentos precisam normalmente de menos agrotóxicos ou esses são eliminados antes do consumo - ao serem descascados, por exemplo. Quanto ao valor nutritivo, ainda não há nenhum estudo científico conclusivo mostrando que os orgânicos sejam melhores que os convencionais. A quantidade de calorias ou vitaminas, por exemplo, não muda.

Fonte: Folha de São Paulo, 26/07/07

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