segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Incêndio destrói área de preservação ambiental em MG

Um incêndio no Parque Nacional da Serra do Cipó, em Santana do Riacho (90 km de Belo Horizonte), já destruiu entre 2.000 e 2.500 hectares dos 33.800 hectares do local (um hectare equivale a 10 mil m²). A área de preservação ambiental da reserva foi atingida. Até a noite desta terça-feira, o fogo não havia sido debelado.
Desde a tarde de domingo (19), o Corpo de Bombeiros, equipes do IEF (Instituto Estadual de Florestas), do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e voluntários têm trabalhado para conter o fogo. Quatro aviões e um helicóptero ajudam na operação.
O chefe-substituto do parque, Edward Elias Júnior, disse que o incêndio provavelmente foi provocado por criadores de gado, que colocam fogo em áreas vizinhas à área da reserva para a formação de pastos.
Segundo ele, também há informações de que um homem estaria ateando fogo criminalmente no parque. "A Polícia Ambiental já foi acionada e está procurando o suspeito."
Os bombeiros trabalhavam, na tarde desta terça, para conter três focos de incêndio nas partes norte e noroeste do parque.
"O fogo está se espalhando em uma velocidade muito grande por causa da baixa umidade e ventos fortes. O clima está muito seco e a vegetação muito árida", disse Elias Júnior. Segundo ele, há três meses não chove na região.
A expectativa é que o incêndio seja controlado até quarta (23), caso não seja ateado fogo criminalmente em outros pontos.
Elias Júnior afirmou ainda que a fauna e flora da região estão comprometidos. "O parque é conhecido pelas plantas endêmicas [espécies que só surgem em uma região do mundo], que estão ameaçadas por causa do incêndio", disse.
De acordo com o chefe do parque, os animais --sobretudo répteis-- não conseguem fugir do fogo e acabam morrendo.
De acordo com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, foram verificados 13 focos de queimadas em Minas Gerais nesta terça --quatro apenas em Santana do Riacho.
Trinta municípios mineiros decretaram situação de emergência devido à seca e estiagem. Outros 15 já tiveram o pedido homologado e podem receber recursos do governo estadual.

Fonte: Renata Baptista da Agência Folha

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